Justiça Indígena impõe penas às Farc por assassinatos
"O auditório tem capacidade para mil pessoas, mas parecia conter muito
mais gente. E no voto direto, levantando as mãos, todas essas pessoas
tomavam decisões sobre a sentença a ser aplicada aos guerrilheiros das
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) acusados de matar dois
guardas indígenas da tribo Nasa na região de Cauca, no sudoeste do
país, na semana passada."
- Assim começa um artigo muito interessante do site de notícias "Último Segundo", que mostra uma grande novidade surgida entre os indígenas da Colômbia:
ao invés de se submeterem aos projetos de nacionalização e inclusão social, econômica e política ao establishment, via órgão estatais, ONGs e igrejas, ou mesmo pela via da participação política através de partidos e eleições, indígenas colombianos estiveram criando, a partir de uma preservação de sua própria cultura e de uma resistência própria, formas também próprias de organização social e de poder político de base e popular.
- O artigo traz ainda algumas passagens que merecem destaque:
"A direita colombiana acusou os indígenas de simpatizar com as Farc.
No entanto, os nasa sempre se declararam neutros e exigiram a saída de
grupos armados de seu território, sob a alegação de não querer ficar no
fogo cruzado."
"Sua visão de justiça está mais voltada para a
reabilitação do que a punição. Por isso, preferem os castigos corporais
ao encarceiramento. E as chicotadas muitas vezes são combinadas com
poções para ajudar na reabilitação. Trabalhos comunitários também são
outra medida de reabilitação utilizada. No pior dos casos, a pena é a
expulsão, algo que para os índios é um castigo inimaginável."
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