O termo “gentrificação” é usado para explicar um importante mecanismo
de manutenção de espaços ociosos, sobretudo nas regiões centrais das
grandes cidades. São transformações que tem como fim recuperar o valor
de áreas específicas, almejando enobrecê-las. Em resposta a esse jogo de
interesses, o movimento squatter desafia as políticas excludentes ligadas à especulação imobiliária. Seu método são as ocupações.
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Tipicamente urbanos, os squatters ou okupas (como são
chamados na Espanha e na América Latina) atraem uma diversidade de
adeptos: desempregados, estudantes, punks, anarquistas, ecologistas,
feministas, artistas... Ao grafar okupaçãocom a letra k, o objetivo é
diferenciar-se de outras categorias de ocupações urbanas, focadas
unicamente no direito à moradia, a exemplo do Brasil de coletivos que
reivindicam reformas urbanas, como a União dos Movimentos de Moradia, o
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e a Frente de Luta pela Moradia. No
caso das okupações, a questão do direito à moradia também está em voga,
mas acompanhada de motivações políticas que almejam a criação de
espaços culturais, como ateneus libertários, bibliotecas e oficinas.
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